quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Exercícios de história para o Enem 3

1
A Inglaterra deve governar o mundo porque é a melhor; o poder deve ser usado; seus concorrentes imperiais não são dignos; suas colônias devem crescer, prosperar e continuar ligadas a ela. Somos dominantes, porque temos o poder (industrial, tecnológico, militar, moral), e elas não; elas são inferiores; nós, superiores, e assim por diante.
SAID, E. Cultura e imperialismo. São Paulo: Cia das Letras, 1995 (adaptado).
O texto reproduz argumentos utilizados pelas potências europeias para dominação de regiões na África e na Ásia, a partir de 1870. Tais argumentos justificavam suas ações imperialistas, concebendo-as como parte de uma
A cruzada religiosa.
B catequese cristã.
C missão civilizatória.
D expansão comercial ultramarina.
E política exterior multiculturalista.

2
Embora o aspecto mais óbvio da Guerra Fria fosse o confronto militar e a cada vez mais frenética corrida armamentista, não foi esse o seu grande impacto. As armas nucleares nunca foram usadas. Muito mais óbvias foram as consequências políticas da Guerra Fria.
HOBSBAWM, E. Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Cia. das Letras, 1999 (adaptado).
O conflito entre as superpotências teve sua expressão emblemática no(a)
A formação do mundo bipolar.
B aceleração da integração regional.
C eliminação dos regimes autoritários.
D difusão do fundamentalismo islâmico.
E enfraquecimento dos movimentos nacionalistas.

3



Os eventos ocorridos no dia 11 de setembro de 2001 geraram mudanças sociais nos Estados Unidos, que
A ampliaram o isolacionismo e autossuficiência da economia norte-americana.
B mitigaram o patriotismo e os laços familiares em razão das mortes causadas.
C atenuaram o xenofobismo e a tensão política entre os países do Oriente e Ocidente.
D aumentaram o preconceito contra os indivíduos de origem árabe e religião islâmica.
E diminuíram a popularidade e legitimidade imediata do chefe de Estado para lidar com o evento.

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TEXTO I
O aparecimento da máquina movida a vapor foio nascimento do sistema fabril em grande escala,representando um aumento tremendo na produção,abrindo caminho na direção dos lucros, resultado do aumento da procura. Eram forças abrindo um novo mundo.
HUBERMAN, L. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1974 (adaptado).
TEXTO II
Os edifícios das fábricas adaptavam-se mal à concentração de numerosa mão de obra, reunida para longos dias de trabalho, numa situação árdua e insalubre. O trabalho nas fábricas destruiu o sistema doméstico de produção. Homens, mulheres e crianças deixavam os lugares onde moravam para trabalhar em diferentes fábricas.
LEITE, M. M. Iniciação à história social contemporânea. São Paulo: Cultrix,1980 (adaptado).
As estratégias empregadas pelos textos para abordar o impacto da Revolução Industrial sobre as sociedades que se industrializavam são, respectivamente,
A ressaltar a expansão tecnológica e deter-se no trabalho doméstico.
B acentuar as inovações tecnológicas e priorizar as mudanças no mundo do trabalho.
C debater as consequências sociais e valorizar a reorganização do trabalho.
D indicar os ganhos sociais e realçar as perdas culturais.
E minimizar as transformações sociais e criticar os avanços tecnológicos.

5
O papel da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) alterou-se desde sua origem em 1949. A Otan é uma aliança militar que se funda sobre um tratado desegurança coletiva, o qual, por sua vez, indica a criação de uma organização internacional com o objetivo de manter a democracia, a paz e a segurança dos seus integrantes.
No começo dos anos de 1990, em função dos conflitos nos Bálcãs, a Otan declarou que a instabilidade na Europa Central afetava diretamente a segurança dos seus membros. Foi então iniciada a primeira operação militar fora do território dos países-membros. Desde então ela expandiu sua área de interesse para África, Oriente Médio e Ásia.
BERTAZZO, J. Atuação da Otan no Pós-Guerra Fria: implicações para a segurança nacional e para a ONU. Contexto Internacional, Rio de Janeiro, jan.-jun. 2010 (adaptado).
Os objetivos dessa organização, nos diferentes períodos descritos, são, respectivamente:
A Financiar a indústria bélica – garantir atuação global.
B Conter a expansão socialista – realizar ataques preventivos.
C Combater a ameaça soviética – promover auxílio humanitário.
D Minimizar a influência estadunidense – apoiar organismos multilaterais.
E Reconstruir o continente devastado – assegurar estabilidade geopolítica.

6
É preciso ressaltar que, de todas as capitanias brasileiras, Minas era a mais urbanizada. Não havia ali hegemonia de um ou dois grandes centros. A região era repleta de vilas e arraiais, grandes e pequenos, em cujas ruas muita gente circulava.
PAIVA, E. F. O ouro e as transformações na sociedade colonial. São Paulo: Atual, 1998.
As regiões da América portuguesa tiveram distintas lógicas de ocupação. Uma explicação para a especificidade da região descrita no texto está identificada na
A apropriação cultural diante das influências externas.
B produção manufatureira diante do exclusivo comercial.
C insubordinação religiosa diante da hierarquia eclesiástica.
D fiscalização estatal diante das particularidades econômicas.
E autonomia administrativa diante das instituições metropolitanas.

7
A cessação do tráfico lançou sobre a escravidão uma sentença definitiva. Mais cedo ou mais tarde estaria extinta, tanto mais quanto os índices de natalidade entre os escravos eram extremamente baixos e os de mortalidade, elevados. Era necessário melhorar as condições de vidada escravaria existente e, ao mesmo tempo, pensar numa outra solução para o problema da mão de obra.
COSTA, E. V. Da Monarquia à República: momentos decisivos. São Paulo: Unesp, 2010.
Em 1850, a Lei Eusébio de Queirós determinou a extinção do tráfico transatlântico de cativos e colocou em evidência o problema da falta de mão de obra para a lavoura. Para os cafeicultores paulistas, a medida que representou uma solução efetiva desse problema foi o (a)
A valorização dos trabalhadores nacionais livres.
B busca por novas fontes fornecedoras de cativos.
C desenvolvimento de uma economia urbano-industrial.
D incentivo à imigração europeia.
E escravização das populações indígenas.

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Devem ser bons serviçais e habilidosos, pois noto que repetem logo o que a gente diz e creio que depressa se fariam cristãos; me pareceu que não tinham nenhuma religião. Eu, comprazendo a Nosso Senhor, levarei daqui, por ocasião de minha partida, seis deles para Vossas Majestades, para que aprendam a falar.
COLOMBO, C. Diários da descoberta da América: as quatro viagens e o testamento. Porto Alegre: L&PM, 1984.
O documento destaca um aspecto cultural relevante em torno da conquista da América, que se encontra expresso em:
A Deslumbramento do homem branco diante do comportamento exótico das tribos autóctones.
B Violência militarizada do europeu diante da necessidade de imposição de regras aos ameríndios.
C Cruzada civilizacional frente à tarefa de educar os povos nativos pelos parâmetros ocidentais.
D Comportamento caridoso dos governos europeus diante da receptividade das comunidades indígenas.
E Compromisso dos agentes religiosos diante da necessidade de respeitar a diversidade social dos índios.

9





Disponível em: www.estadao.com.br. Acesso em: 3 dez. 2012 (adaptado).
Nos mapas, está representada a região dos Bálcãs, em dois momentos do século XX. Uma causa para a mudança geopolítica representada foi a
A adoção do euro como moeda única.
B suspensão do apoio econômico soviético.
C intervenção internacional liderada pela Otan.
D intensificação das tensões étnicas regionais.
E formação de um Estado islâmico unificado.

10
Eu mesmo me apresento: sou Antônio:
sou Antônio Vicente Mendes Maciel
(provim da batalha de Deus versus demônio
Com a res publica marca de Caim).
Moisés, do Êxodo ao Deuteronômio,
Sou natural de Quixeramobim,
O Antônio Conselheiro deste chão
Que vai ser mar e o mar vai ser sertão.
ACCIOLY, M. Antônio Conselheiro. In: FERNANDES, R. (Org.). O clarim e a oração: cem anos de Os sertões. São Paulo: Geração Editorial, 2001.
O poema, escrito em 2001, contribui para a construção de uma determinada memória sobre o movimento de Canudos, ao retratar seu líder como
A crítico do regime político recém-proclamado.
B partidário da abolição da escravidão.
C contrário à distribuição da terra para os humildes.
D defensor da autonomia política dos municípios.
E porta-voz do catolicismo ortodoxo romano.

11
Sou um partidário da Comuna de Paris, que, por ter sido massacrada, sufocada no sangue pelos carrascos da reação monárquica e clerical, tornou-se ainda mais viva, mais poderosa na imaginação e no coração do proletariado da Europa; sou seu partidário sobretudo porque ela foi uma negação audaciosa, bem pronunciada, do Estado.
BAKUNIN, M. apud SAMIS, A. Negras tormentas: o federalismo e o internacionalismo na Comuna de Paris. São Paulo: Hedra, 2011.
A Comuna de Paris despertou a reação dos setores sociais mencionados no texto, porque
A instituiu a participação política direta do povo.
B consagrou o princípio do sufrágio universal.
C encerrou o período de estabilidade política europeia.
D simbolizou a vitória do ideário marxista.
E representou a retomada dos valores do liberalismo.

12
TEXTO I
É notório que o universo do futebol caracteriza-se por ser, desde sua origem, um espaço eminentemente masculino; como esse espaço não é apenas esportivo, mas sociocultural, os valores nele embutidos e dele derivados estabelecem limites que, embora nem sempre tão claros, devem ser observados para a perfeita manutenção da “ordem”, ou da “lógica’” que se atribui ao jogo e que nele se espera ver confirmada. A entrada das mulheres em campo subverteria tal ordem, e as reações daí decorrentes expressam muito bem as relações presentes em cada sociedade: quanto mais machista, ou sexista, ela for, mais exacerbadas as suas réplicas.
FRANZINI, F. Futebol é “coisa pra macho”? Pequeno esboço para uma história das mulheres no país do futebol. Revista Brasileira de História, v. 25, n. 50, jul.-dez. 2005 (adaptado).
TEXTO II
Com o Estado Novo, a circularidade de uma prática cultural nascida na elite e transformada por sua aceitação popular completou o ciclo ao ser apropriada pelo Estado como parte do discurso oficial sobre a nacionalidade. A partir daí, o Estado profissionalizou o futebol e passou a ser o grande promotor do esporte, descrito como uma expressão da nacionalidade. O futebol brasileiro refletiria as qualidades e os defeitos da nação.
SANTOS, L. C. V. G. O dia em que adiaram o carnaval: política externa e a construção do Brasil. São Paulo: EdUNESP, 2010.
Os dois aspectos ressaltados pelos textos sobre a história do futebol na sociedade brasileira são respectivamente:
A Simbolismo político — poder manipulador.
B Caráter coletivo — ligação com as demandas populares.
C Potencial de divertimento — contribuição para a alienação popular.
D Manifestação de relações de gênero — papel identitário.
E Dimensão folclórica — exercício da dominação de classes.

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No alvorecer do século XX, o Rio de Janeiro sofreu, de fato, uma intervenção que alterou profundamente sua fisionomia e estrutura, e que repercutiu como um terremoto nas condições de vida da população.
BENCHIMOL, J. Reforma urbana e Revolta da Vacina na cidade do Rio de Janeiro. In: FERREIRA, J.; DELGADO, L. A.N. O Brasil republicano: o tempo do liberalismo excludente. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
O texto refere-se à reforma urbanística ocorrida na capital da República, na qual a ação governamental e seuresultado social encontram-se na:
A Cobrança de impostos — ocupação da periferia.
B Destruição de cortiços — revolta da população pobre.
C Criação do transporte de massa — ampliação das favelas.
D Construção de hospitais públicos — insatisfação da elite urbana.
E Edificação de novas moradias — concentração de trabalhadores.

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O trabalho de recomposição que nos espera não admite medidas contemporizadoras. Implica o reajustamento social e econômico de todos os rumos até aqui seguidos.
Comecemos por desmontar a máquina do favoritismo parasitário, com toda sua descendência espúria.
Discurso de posse de Getúlio Vargas como chefe do
governo provisório, pronunciado em 03 de novembro de 1930.
FILHO, I. A. Brasil, 500 anos em documento. Rio de Janeiro: Mauad, 1999 (adaptado).
Em seu discurso de posse, como forma de legitimar o regime político implantado em 1930, Getúlio Vargas estabelece uma crítica ao
A funcionamento regular dos partidos políticos.
B controle político exercido pelas oligarquias estaduais.
C centralismo presente na Constituição então em vigor.
D mecanismo jurídico que impedia as fraudes eleitorais.
E imobilismo popular nos processos político-eleitorais.

15
A vinda da família real deslocou definitivamente o eixo da vida administrativa da Colônia para o Rio de Janeiro, mudando também a fisionomia da cidade. A presença da Corte implicava uma alteração do acanhado cenário urbano da Colônia, mas a marca do absolutismo acompanharia a alteração.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995 (fragmento).
As transformações ocorridas na cidade do Rio de Janeiro em decorrência da presença da Corte estavam limitadas à superfície das estruturas sociais porque
A a pujança do desenvolvimento comercial e industrial retirava da agricultura de exportação a posição deatividade econômica central na Colônia.
B a expansão das atividades econômicas e odesenvolvimento de novos hábitos conviviam com a exploração do trabalho escravo.
C a emergência das práticas liberais, com a abertura dos portos, impedia uma renovação política em prol da formação de uma sociedade menos desigual.
D a integração das elites políticas regionais, sob aliderança do Rio de Janeiro, ensejava a formação de um projeto político separatista de cunho republicano.
E a dinamização da economia urbana retardava o letramento de mulatos e imigrantes, importante para as necessidades do trabalho na cidade.


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texto 1


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GABARITO

1 - C
2 - A
3 - D
4 - B
5 - B
6 - D
7 - D
8 - D
9 - D
10 - A
11 - A
12 - D
13 - B
14 - B
15 - B
16 - C
17 - A
18 - C
19 - D
20 - C
21 - A
22 - A
23 - E
24 - D
25 - A
26 - B
27 – C

28 - D

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