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A Inglaterra deve
governar o mundo porque é a melhor; o poder deve ser usado; seus concorrentes
imperiais não são dignos; suas colônias devem crescer, prosperar e continuar
ligadas a ela. Somos dominantes, porque temos o poder (industrial, tecnológico,
militar, moral), e elas não; elas são inferiores; nós, superiores, e assim por
diante.
SAID, E. Cultura e
imperialismo.
São Paulo: Cia das Letras, 1995 (adaptado).
O texto reproduz
argumentos utilizados pelas potências europeias para dominação de regiões na
África e na Ásia, a partir de 1870. Tais argumentos justificavam suas ações
imperialistas, concebendo-as como parte de uma
A cruzada religiosa.
B catequese cristã.
C missão civilizatória.
D expansão comercial
ultramarina.
E política
exterior multiculturalista.
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Embora o aspecto mais
óbvio da Guerra Fria fosse o confronto militar e a cada vez mais frenética
corrida armamentista, não foi esse o seu grande impacto. As armas nucleares
nunca foram usadas. Muito mais óbvias foram as consequências políticas da
Guerra Fria.
HOBSBAWM, E. Era dos extremos: o breve século XX:
1914-1991. São Paulo: Cia. das Letras, 1999 (adaptado).
O conflito entre as
superpotências teve sua expressão emblemática no(a)
A formação do mundo
bipolar.
B aceleração da integração
regional.
C eliminação dos regimes
autoritários.
D difusão do
fundamentalismo islâmico.
E enfraquecimento
dos movimentos nacionalistas.
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Os eventos ocorridos no
dia 11 de setembro de 2001 geraram mudanças sociais nos Estados Unidos, que
A ampliaram o isolacionismo
e autossuficiência da economia norte-americana.
B mitigaram o patriotismo e
os laços familiares em razão das mortes causadas.
C atenuaram o xenofobismo e
a tensão política entre os países do Oriente e Ocidente.
D aumentaram o preconceito
contra os indivíduos de origem árabe e religião islâmica.
E diminuíram a popularidade
e legitimidade imediata do chefe de Estado para lidar com o evento.
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TEXTO I
O aparecimento da máquina
movida a vapor foio nascimento do sistema fabril em grande escala,representando
um aumento tremendo na produção,abrindo caminho na direção dos lucros,
resultado do aumento da procura. Eram forças abrindo um novo mundo.
HUBERMAN, L. História da riqueza
do homem.
Rio de Janeiro: Zahar, 1974 (adaptado).
TEXTO II
Os edifícios das fábricas
adaptavam-se mal à concentração de numerosa mão de obra, reunida para longos
dias de trabalho, numa situação árdua e insalubre. O trabalho nas fábricas
destruiu o sistema doméstico de produção. Homens, mulheres e crianças deixavam
os lugares onde moravam para trabalhar em diferentes fábricas.
LEITE, M. M. Iniciação à história
social contemporânea. São Paulo: Cultrix,1980 (adaptado).
As estratégias empregadas
pelos textos para abordar o impacto da Revolução Industrial sobre as sociedades
que se industrializavam são, respectivamente,
A ressaltar a expansão
tecnológica e deter-se no trabalho doméstico.
B acentuar as inovações
tecnológicas e priorizar as mudanças no mundo do trabalho.
C debater as consequências
sociais e valorizar a reorganização do trabalho.
D indicar os ganhos sociais
e realçar as perdas culturais.
E minimizar as
transformações sociais e criticar os avanços tecnológicos.
5
O papel da Organização do
Tratado do Atlântico Norte (Otan) alterou-se desde sua origem em 1949. A Otan é
uma aliança militar que se funda sobre um tratado desegurança coletiva, o qual,
por sua vez, indica a criação de uma organização internacional com o objetivo de
manter a democracia, a paz e a segurança dos seus integrantes.
No começo dos anos de
1990, em função dos conflitos nos Bálcãs, a Otan declarou que a instabilidade
na Europa Central afetava diretamente a segurança dos seus membros. Foi então
iniciada a primeira operação militar fora do território dos países-membros.
Desde então ela expandiu sua área de interesse para África, Oriente Médio e
Ásia.
BERTAZZO, J. Atuação da
Otan no Pós-Guerra Fria: implicações para a segurança nacional e para a ONU. Contexto Internacional, Rio de Janeiro,
jan.-jun. 2010 (adaptado).
Os objetivos dessa
organização, nos diferentes períodos descritos, são, respectivamente:
A Financiar a indústria
bélica – garantir atuação global.
B Conter a expansão
socialista – realizar ataques preventivos.
C Combater a ameaça
soviética – promover auxílio humanitário.
D Minimizar a influência
estadunidense – apoiar organismos multilaterais.
E Reconstruir o continente
devastado – assegurar estabilidade geopolítica.
6
É preciso ressaltar que,
de todas as capitanias brasileiras, Minas era a mais urbanizada. Não havia ali
hegemonia de um ou dois grandes centros. A região era repleta de vilas e
arraiais, grandes e pequenos, em cujas ruas muita gente circulava.
PAIVA, E. F. O ouro e as
transformações na sociedade colonial. São Paulo: Atual, 1998.
As regiões da América
portuguesa tiveram distintas lógicas de ocupação. Uma explicação para a
especificidade da região descrita no texto está identificada na
A apropriação cultural
diante das influências externas.
B produção manufatureira
diante do exclusivo comercial.
C insubordinação religiosa
diante da hierarquia eclesiástica.
D fiscalização estatal
diante das particularidades econômicas.
E autonomia administrativa
diante das instituições metropolitanas.
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A cessação do tráfico
lançou sobre a escravidão uma sentença definitiva. Mais cedo ou mais tarde
estaria extinta, tanto mais quanto os índices de natalidade entre os escravos
eram extremamente baixos e os de mortalidade, elevados. Era necessário melhorar
as condições de vidada escravaria existente e, ao mesmo tempo, pensar numa
outra solução para o problema da mão de obra.
COSTA, E. V. Da Monarquia à
República:
momentos decisivos. São Paulo: Unesp, 2010.
Em 1850, a Lei Eusébio de
Queirós determinou a extinção do tráfico transatlântico de cativos e colocou em
evidência o problema da falta de mão de obra para a lavoura. Para os
cafeicultores paulistas, a medida que representou uma solução efetiva desse
problema foi o (a)
A valorização dos
trabalhadores nacionais livres.
B busca por novas fontes
fornecedoras de cativos.
C desenvolvimento de uma
economia urbano-industrial.
D incentivo à imigração
europeia.
E escravização das
populações indígenas.
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Devem ser bons serviçais
e habilidosos, pois noto que repetem logo o que a gente diz e creio que
depressa se fariam cristãos; me pareceu que não tinham nenhuma religião. Eu,
comprazendo a Nosso Senhor, levarei daqui, por ocasião de minha partida, seis
deles para Vossas Majestades, para que aprendam a falar.
COLOMBO, C. Diários da descoberta
da América:
as quatro viagens e o testamento. Porto Alegre: L&PM, 1984.
O documento destaca um
aspecto cultural relevante em torno da conquista da América, que se encontra
expresso em:
A Deslumbramento do homem
branco diante do comportamento exótico das tribos autóctones.
B Violência militarizada do
europeu diante da necessidade de imposição de regras aos ameríndios.
C Cruzada civilizacional
frente à tarefa de educar os povos nativos pelos parâmetros ocidentais.
D Comportamento caridoso
dos governos europeus diante da receptividade das comunidades indígenas.
E Compromisso dos agentes
religiosos diante da necessidade de respeitar a diversidade social dos índios.
9
Disponível em:
www.estadao.com.br. Acesso em: 3 dez. 2012 (adaptado).
Nos mapas, está
representada a região dos Bálcãs, em dois momentos do século XX. Uma causa para
a mudança geopolítica representada foi a
A adoção do euro como moeda
única.
B suspensão do apoio
econômico soviético.
C intervenção internacional
liderada pela Otan.
D intensificação das
tensões étnicas regionais.
E formação de um Estado
islâmico unificado.
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Eu mesmo me apresento:
sou Antônio:
sou Antônio Vicente
Mendes Maciel
(provim da batalha de
Deus versus
demônio
Com a res publica marca de Caim).
Moisés, do Êxodo ao
Deuteronômio,
Sou natural de
Quixeramobim,
O Antônio Conselheiro
deste chão
Que vai ser mar e o mar
vai ser sertão.
ACCIOLY, M. Antônio
Conselheiro. In: FERNANDES, R. (Org.). O clarim e a oração: cem anos de Os sertões. São Paulo: Geração
Editorial, 2001.
O poema, escrito em 2001,
contribui para a construção de uma determinada memória sobre o movimento de
Canudos, ao retratar seu líder como
A crítico do regime
político recém-proclamado.
B partidário da abolição da
escravidão.
C contrário à distribuição
da terra para os humildes.
D defensor da autonomia
política dos municípios.
E porta-voz do catolicismo
ortodoxo romano.
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Sou um partidário da
Comuna de Paris, que, por ter sido massacrada, sufocada no sangue pelos carrascos
da reação monárquica e clerical, tornou-se ainda mais viva, mais poderosa na
imaginação e no coração do proletariado da Europa; sou seu partidário sobretudo
porque ela foi uma negação audaciosa, bem pronunciada, do Estado.
BAKUNIN, M. apud SAMIS, A.
Negras
tormentas:
o federalismo e o internacionalismo na Comuna de Paris. São Paulo: Hedra, 2011.
A Comuna de Paris
despertou a reação dos setores sociais mencionados no texto, porque
A instituiu a participação
política direta do povo.
B consagrou o princípio do
sufrágio universal.
C encerrou o período de
estabilidade política europeia.
D simbolizou a vitória do
ideário marxista.
E representou a retomada
dos valores do liberalismo.
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TEXTO I
É notório que o universo
do futebol caracteriza-se por ser, desde sua origem, um espaço eminentemente
masculino; como esse espaço não é apenas esportivo, mas sociocultural, os
valores nele embutidos e dele derivados estabelecem limites que, embora nem sempre
tão claros, devem ser observados para a perfeita manutenção da “ordem”, ou da
“lógica’” que se atribui ao jogo e que nele se espera ver confirmada. A entrada
das mulheres em campo subverteria tal ordem, e as reações daí decorrentes
expressam muito bem as relações presentes em cada sociedade: quanto mais
machista, ou sexista, ela for, mais exacerbadas as suas réplicas.
FRANZINI, F. Futebol é
“coisa pra macho”? Pequeno esboço para uma história das mulheres no país do
futebol. Revista
Brasileira de História, v. 25, n. 50, jul.-dez. 2005 (adaptado).
TEXTO II
Com o Estado Novo, a
circularidade de uma prática cultural nascida na elite e transformada por sua
aceitação popular completou o ciclo ao ser apropriada pelo Estado como parte do
discurso oficial sobre a nacionalidade. A partir daí, o Estado profissionalizou
o futebol e passou a ser o grande promotor do esporte, descrito como uma
expressão da nacionalidade. O futebol brasileiro refletiria as qualidades e os
defeitos da nação.
SANTOS, L. C. V. G. O dia em que adiaram
o carnaval: política
externa e a construção do Brasil.
São Paulo: EdUNESP, 2010.
Os dois aspectos
ressaltados pelos textos sobre a história do futebol na sociedade brasileira
são respectivamente:
A Simbolismo político —
poder manipulador.
B Caráter coletivo —
ligação com as demandas populares.
C Potencial de divertimento
— contribuição para a alienação popular.
D Manifestação de relações
de gênero — papel identitário.
E Dimensão folclórica —
exercício da dominação de classes.
13
No alvorecer do século
XX, o Rio de Janeiro sofreu, de fato, uma intervenção que alterou profundamente
sua fisionomia e estrutura, e que repercutiu como um terremoto nas condições de
vida da população.
BENCHIMOL, J. Reforma
urbana e Revolta da Vacina na cidade do Rio de Janeiro. In: FERREIRA, J.; DELGADO,
L. A.N. O
Brasil republicano: o tempo do liberalismo excludente.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
O texto refere-se à
reforma urbanística ocorrida na capital da República, na qual a ação governamental
e seuresultado social encontram-se na:
A Cobrança de impostos —
ocupação da periferia.
B Destruição de cortiços —
revolta da população pobre.
C Criação do transporte de
massa — ampliação das favelas.
D Construção de hospitais
públicos — insatisfação da elite urbana.
E Edificação de novas
moradias — concentração de trabalhadores.
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O trabalho de
recomposição que nos espera não admite medidas contemporizadoras. Implica o
reajustamento social e econômico de todos os rumos até aqui seguidos.
Comecemos por desmontar a
máquina do favoritismo parasitário, com toda sua descendência espúria.
Discurso de posse
de Getúlio Vargas como chefe do
governo
provisório, pronunciado em 03 de novembro de 1930.
FILHO, I. A. Brasil, 500 anos em
documento.
Rio de Janeiro: Mauad, 1999 (adaptado).
Em seu discurso de posse,
como forma de legitimar o regime político implantado em 1930, Getúlio Vargas
estabelece uma crítica ao
A funcionamento regular dos
partidos políticos.
B controle político
exercido pelas oligarquias estaduais.
C centralismo presente na
Constituição então em vigor.
D mecanismo jurídico que
impedia as fraudes eleitorais.
E imobilismo popular nos
processos político-eleitorais.
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A vinda da família real
deslocou definitivamente o eixo da vida administrativa da Colônia para o Rio de
Janeiro, mudando também a fisionomia da cidade. A presença da Corte implicava
uma alteração do acanhado cenário urbano da Colônia, mas a marca do absolutismo
acompanharia a alteração.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995
(fragmento).
As transformações
ocorridas na cidade do Rio de Janeiro em decorrência da presença da Corte
estavam limitadas à superfície das estruturas sociais porque
A a pujança do
desenvolvimento comercial e industrial retirava da agricultura de exportação a
posição deatividade econômica central na Colônia.
B a expansão das atividades
econômicas e odesenvolvimento de novos hábitos conviviam com a exploração do
trabalho escravo.
C a emergência das práticas
liberais, com a abertura dos portos, impedia uma renovação política em prol da
formação de uma sociedade menos desigual.
D a integração das elites
políticas regionais, sob aliderança do Rio de Janeiro, ensejava a formação de
um projeto político separatista de cunho republicano.
E a dinamização da economia
urbana retardava o letramento de mulatos e imigrantes, importante para as
necessidades do trabalho na cidade.
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texto 1
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26
27
28
GABARITO
1 - C
2 - A
3 - D
4 - B
5 - B
6 - D
7 - D
8 - D
9 - D
10 - A
11 - A
12 - D
13 - B
14 - B
15 - B
16 - C
17 - A
18 - C
19 - D
20 - C
21 - A
22 - A
23 - E
24 - D
25 - A
26 - B
27 – C
28 - D
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