1.
Lei Áurea assinada em 13.05.1888
Marcha em Araguaína-TO em combate à
escravidão
em 14.05.2008
O fim da escravidão legal no Brasil não foi
acompanhado de políticas públicas e mudanças estruturais para a inclusão dos
trabalhadores. Por isso, os escravos modernos são herdeiros dos que foram
libertados em 13 de maio de 1888.
http://www.reporterbrasil.com.br/exibe.php?id=1346.
Acesso em: 14/5/2009.
A análise das imagens e do texto acima
reforça a ideia de que
A até hoje, embora a
abolição da escravidão tenha ocorrido em 1888, a população luta para garantir
amparo legal para por fim neste regime no país.
B é possível, apesar da
abolição da escravidão, constatar-se nos dias de hoje, a exploração de
trabalhadores submetidos a condições semelhantes às do trabalho escravo.
C o fim da escravidão é
apenas uma questão de tempo no Brasil, já que a população brasileira luta há
mais de 120 anos por isso.
D o movimento social e
político pelo fim da escravidão no Brasil, herdado do período imperial,
garantiu implementação de políticas públicas aos trabalhadores.
E a abolição da escravatura
promoveu políticas públicas de ascensão social e cidadania dos ex-escravos
negros privilegiando este grupo frente aos demais trabalhadores.
2.
As imagens nas figuras a seguir ilustram
organizações produtivas de duas sociedades do passado.
O trabalho no campo foi, durante muito
tempo, uma das atividades fundamentais para a estruturação e o desenvolvimento
das sociedades, como mostram as figuras 1 e 2. Nessas figuras, as características
arquitetônicas, tecnológicas e sociais retratam, respectivamente,
A o agrarismo romano e o
escravismo grego.
B a pecuária romana e a
agricultura escravista grega.
C a maquinofatura medieval e
a pecuária na Antiguidade.
D a agricultura escravista
romana e o feudalismo medieval.
E o feudalismo medieval e a
agricultura familiar no Antigo Egito.
3.
No início do século XVIII, a Coroa
portuguesa introduziu uma série de medidas administrativas para deter a
anarquia, que caracterizava a zona de mineração, e instaurar certa
estabilidade. O instrumento fundamental dessa política era a vila.
RUSSELL-
WOOD, A. J. R.. O
Brasil colonial; o ciclo do ouro (1690-1750) In: História da América. São Paulo: Edusp, 1999, v.
II, p. 484 (com adaptações).
A zona de mineração a que o autor se refere
localizava-se
A nos Andes, no antigo
Império Inca.
B em Minas Gerais, região
centro-sul da Colônia.
C no chamado Alto Mato
Grosso, na atual Bolívia.
D na região das Missões
jesuíticas, no Rio Grande do Sul.
E em Pernambuco, onde havia
o ouro amarelo e o branco (o açúcar).
4.
Texto 1
Assim, duplamente bloqueados, entre
milhares de soldados e milhares de mulheres — entre
lamentações e bramidos, entre lágrimas e
balas —, os rebeldes se renderiam de um momento para outro. Era fatal. [...]
Ainda que em fragmento, traçava-se curva fechada do assédio real, efetivo. A
insurreição estava morta.
CUNHA, Euclides. Os sertões. 9 ed. Rio de Janeiro:
Record, 2007,
p. 524 e 535.
Texto 2
Literatura distingue-se de História, pois,
enquanto a primeira não tem nenhum compromisso em retratar ou reconstruir uma
realidade para que seja válida aos olhos de seus leitores, a segunda é, via de
regra, realizada para explicitar a confirmação da existência, tanto do homem em
si quanto de um fato histórico, de uma nação, de um povo ou de um povoado.
Todavia, há vários episódios históricos que serviram de base a narrativas
literárias.
Disponível em:
<http://www.seer.furg.br>. Acesso em: 16 abr. 2009.
A relação estabelecida entre os dois textos
permite inferir-se que o texto 1 descreve
A a luta pela abolição da
escravatura.
B o alarde causado pela
Semana de 22.
C o empenho dos soldados na
Guerra do Paraguai.
D o cenário desbravador do
movimento de entradas e bandeiras.
E o fato histórico da
Revolta de Canudos liderada por Antônio Conselheiro.
5.
No primeiro reinado, D. Pedro I nomeou e
comandou um Conselho de Estado que concluiu a primeira Constituição Brasileira,
que, outorgada em 1824, estabeleceu quatro poderes assim configurados.
Nesses quatro poderes,
A o poder moderador concedia
ao imperador a primazia no governo e a autoridade sobre os demais
poderes.
B o poder executivo era o
centro das decisões, que resultavam do entendimento entre imperador e
ministros.
C o papel de cada um era bem
definido e independente, de modo que um não interferia nos
assuntos dos outros.
D o papel de moderador,
exercido pelo imperador, significava que o monarca era apenas um conciliador
entre os poderes.
E o poder legislativo, por
ter maior representatividade numérica (deputados, senadores), gozava de maior
influência nas decisões do Império.
6.
Foi em meados da década de 70 que a União
Soviética começou a perder o "bonde da história". Ficava evidente,
mesmo para os próprios soviéticos, que o império vermelho era uma superpotência
apenas pelo poderio militar, pelo arsenal nuclear e pela capacidade de
destruição em massa. Devido ao seu baixo dinamismo econômico, a produtividade
industrial não acompanhava, nem de longe, os avanços dos países capitalistas
desenvolvidos mais competitivos. Seu parque industrial,
sucateado, era incapaz de produzir bens de
consumo em quantidade e qualidade suficientes para abastecer a própria
população. As filas intermináveis eram parte do cotidiano dos soviéticos e o
descontentamento se generalizava.
Em outras palavras, na União Soviética,
A a falta de dinamismo
econômico e de progresso social era devida à economia liberal.
B o parque industrial era
obsoleto, não atendendo à demanda da população.
C o descontentamento popular
expressava-se em imensas filas de protesto contra a carência de certos bens.
D a incapacidade de produzir
bens de consumo era compensada pela indústria pesada, em qualidade e em
quantidade.
E o descontentamento popular
foi agravado pela política de incentivo à importação de produtos ocidentais.
7.
Os ex-escravos abandonam as fazendas em que
labutavam, ganham as estradas à procura de terrenos baldios em que pudessem
acampar, para viverem livres como se estivessem nos quilombos, plantando milho
e mandioca para comer. Caíram, então, em tal condição de miserabilidade que a
população negra se reduziu substancialmente. Menos pela supressão da importação
anual de novas massas de escravos para repor o estoque, porque essas já vinham
diminuindo há décadas. Muito mais pela terrível miséria a que foram atirados.
Não podiam estar em lugar algum, porque, cada vez que acampavam, os fazendeiros
vizinhos se organizavam e convocavam forças policiais para expulsá-los.
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: evolução e sentido do
Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p.221.
Comparando-se a linguagem do quadro acima,
de Pedro Américo, A Libertação dos Escravos, com o texto de Darcy Ribeiro, percebe-se que
A a libertação dos escravos
é celebrada pelo pintor e lamentada pelo autor do texto.
B a abordagem do tema no
quadro é realista, ao passo que a linguagem utilizada no texto apresenta o tema
de forma idealizada.
C os ex-escravos são
apresentados no quadro como homens livres, em condição de igualdade com os
brancos, ao passo que o texto evidencia a condição miserável dos escravos libertos.
D a abolição é apresentada
no quadro em atmosfera redentora, ao passo que, no texto, a abolição é
problematizada historicamente.
E a apresentação do tema, no
quadro, evoca elementos típicos da realidade nacional, ao passo que o texto
aborda o tema a partir de uma perspectiva europeia.
8.
A crise de 1929 e, 10 anos mais tarde, a
Segunda Guerra Mundial aceleraram muito o processo
de substituição de importações, iniciado
durante a Primeira Guerra. O Brasil teve que produzir os bens industrializados
que antes sempre importara. O processo não mais se interrompeu, expandindo-se
na década de 50, via implantação da indústria automobilística, e
aprofundando-se na década de 70, graças à produção de máquinas e equipamentos.
CARVALHO, José Murilo de. Política brasileira
no século XX: o novo no velho. In: CARDIM, C. H.; HIRST, M. (orgs.). Brasil-Argentina: soberania e cultura
política. Brasília: IPRIFUNAG, 2003, p. 200.
Considerando-se o período histórico
descrito no texto e as transformações ocorridas, é correto afirmar que
A a crise econômica mundial
de 1929 foi prejudicial para a industrialização brasileira.
B a indústria
automobilística implantou o modelo de substituição de importações no Brasil.
C o Brasil, a partir da
década de 1930, paulatinamente, deixou de ser um país essencialmente agrícola.
D a Segunda Guerra Mundial
anulou os ganhos da atividade industrial brasileira relativa aos anos
anteriores.
E a produção de máquinas e
equipamentos, nos anos de 1970, viabilizou a implantação da indústria
automobilística brasileira.
9.
O fato é que a transição do Império para a
República, proclamada em 1889, constituiu a primeira
grande mudança de regime político ocorrida
desde a Independência. Republicanistas “puros”, como Silva Jardim, defendiam
uma mudança de regime que tivesse como resultado maior participação da
população na vida política nacional. Mas, vitoriosos, os republicanos
conservadores, como Campos Sales, mantiveram o modelo de exclusão política e
sociocultural sob nova fachada. Ao “parlamentarismo sem povo” do Segundo
Reinado sucedeu uma República praticamente “sem povo”, ou seja, sem cidadania
democrática.
LOPEZ, Adriana, MOTA, Carlos Guilherme. História do Brasil: uma
interpretação.
São Paulo: SENAC, 2008, p. 552. (adaptado)
Tendo o texto acima como referência inicial
e considerando o processo histórico de implantação e de consolidação da
República no Brasil, é correto inferir que
A o republicano Silva Jardim
lutava por um regime político essencialmente oligárquico, que foi adotado no
Brasil ao longo da Primeira República (até 1930).
B o movimento republicano
apresentava divisões ideológicas e defendia distintos projetos de
República com a intenção de implantá-los no
Brasil.
C o presidencialismo
republicano assegurou a expansão da democracia brasileira ampliando o nível de
participação política da sociedade na Primeira República (até 1930).
D a facilidade para a
derrubada do regime monárquico explica-se pelo vigoroso apoio popular às teses
republicanas e pelo desprestígio pessoal de D. Pedro II.
E a História do Brasil, em
geral, se faz por mudanças bruscas e radicais, que transformam integralmente a
fisionomia social e política do país.
10.
A Guerra do Vietnã, polêmico e violento
conflito armado da segunda metade do século XX, envolveu as guerrilhas do
Vietnã do Sul e o governo comunista do Vietnã do Norte. O conflito atingiu
maiores proporções com a participação dos Estados Unidos da América (EUA) ao
lado das tropas do Vietnã do Sul. Entretanto, foi também uma guerra com
imagens, que divulgavam, amplamente e de forma crua, o sofrimento da população
civil — crianças com os corpos queimados por napalm, mulheres violentadas,
velhos feridos — e de jovens soldados americanos mutilados ou mortos e
ensacados.
Considerando-se o fato histórico descrito,
é correto afirmar que
A o Vietnã do Sul usava, na
guerra, os mesmos métodos de combate dos comunistas do Vietnã do Norte.
B os EUA tinham interesse
direto na guerra, por sua aliança estratégica com o governo comunista do Vietnã
do Norte.
C os civis, por serem ativos
colaboradores dos comunistas do Vietnã do Norte, foram considerados alvos
legítimos.
D a imprensa, ao divulgar os
fatos ocorridos, colocou a opinião pública dos EUA contra a guerra, o que
pressionou ativamente o seu fim.
E a violência contra a
população civil e o emprego de armas químicas são recursos de guerra aos quais
se deve recorrer com moderação.
11.
Ao contrário do que se acredita, o
"discurso secreto" de Kruschev não significou a primeira
manifestação de discordância dos novos
governantes da URSS, ao acusar Stalin de genocídio. Antes disso, haviam sido
dados os primeiros passos para o fim da estrutura repressiva que reinava no
país. Na verdade, o discurso se baseia, em parte, nas conclusões obtidas pelo
grupo chamado Comissão Shvernik, comissão especial que logrou reunir suficiente
evidência para denunciar que, nos anos de 1930, mais de um milhão e meio de
membros do partido haviam sido acusados de realizar atividades antissoviéticas,
dos quais tendo sido executados mais de 680.000 deles.
O processo que desencadeou o término da
estrutura repressiva que reinava na União Soviética ocorreu porque
A as chamadas atividades
antissoviéticas foram oficialmente descriminalizadas pela Comissão
Shvernik.
B a Comissão Shvernik
pretendia pôr fim ao regime socialista.
C o processo de libertação
dos milhares de presos políticos nos campos de trabalho foi concluído antes do
discurso de Kruschev.
D as vítimas da desestalinização
foram reabilitadas politicamente, como parte da reavaliação dos documentos da
Comissão Shvernik.
E os próprios membros do
partido que haviam apoiado Stalin a consolidar a Revolução Russa foram, em grande
número, mortos ou presos.
12.
Na América espanhola colonial, a primeira
prioridade dos invasores foi extrair riquezas dos conquistados. Essa extração
foi realizada mediante a apreensão direta de excedentes previamente acumulados
de metais ou pedras preciosas. Isso tomou a forma de saques e pilhagens, uma
maneira oficialmente aceita de pagar soldados ou expedicionários voluntários.
MACLEOD, Murdo J. Aspectos da economia
interna da América espanhola colonial. In: BETHELL, Leslie. História da América. São Paulo: Edusp;
Brasília: Funag, 1999, v. II, p. 219-220.
Tendo em vista as características citadas,
conclui-se que a América espanhola colonial começou como uma sociedade
A escolhida para representar
o espírito da modernidade europeia na América.
B engajada no comércio do
qual provinham especiarias para serem distribuídas na Europa.
C centrada na extração e
beneficiamento mineral de recursos como ouro, prata e pedras preciosas, ali
encontrados.
D fundada na lógica da
conquista, ao se fazer uso da violência contra a população indígena para a
apropriação de riquezas.
E voltada para o cultivo da
cana-de-açúcar, produto bastante valorizado, tal como se verificou nas colônias
portuguesas.
13.
Na primeira República, uma grande parcela
da população brasileira vivia na mais extrema miséria, ou seja, convivia com os
baixos salários, sem terras, devido à concentração fundiária, e explorada pelos
coronéis. Uma forma de reação era a organização da população por meio de
movimentos sociais, tendo alguns caráter messiânico, e outros sendo
caracterizados como banditismo social. Os movimentos messiânicos misturavam
misticismo, revolta e política.
Entre os fatos importantes que marcaram os
movimentos messiânicos, inclui-se
A o combate do governo
brasileiro ao movimento de Antônio Conselheiro e seus seguidores, os quais pregavam
a abolição da propriedade privada, recusavam-se a pagar os impostos e
manifestavam sua aspiração monarquista.
B a extrema violência da
quarta e última expedição contra o arraial de Canudos, durante a qual as casas
foram saqueadas e incendiadas, os conselheiristas, mortos e degolados, e apenas
as crianças foram poupadas.
C a Guerra do Contestado,
liderada pelo beato José Maria, ocorrida após a conclusão da ferrovia São
Paulo-Rio Grande do Sul, quando cerca de oito mil operários ficaram
desempregados e, então, se juntaram ao beato para fundarem uma aldeia
milenarista e republicana.
D a liderança
político-religiosa do Padre Cícero, que propunha a necessidade de se criar a
sociedade justa pregada por Jesus Cristo, para corrigir e punir as injustiças,
e, por causa disso, foi perseguido pelos coronéis.
E a conclamação à população
sertaneja feita por José Virgulino, conhecido por Lampião, para pegassem as
armas e impedissem a assinatura do Pacto dos Coronéis, pelo qual vários chefes
políticos cearenses pretendiam unir-se para sustentar a oligarquia Acciolly.
14.
Em seu discurso em honra dos primeiros
mortos na Guerra do Peloponeso (séc. V a.C.), o ateniense Péricles fez um longo
elogio fúnebre, exposto na obra do historiador Tucídides. Ao enfatizar o
respeito dos atenienses à lei e seu amor ao belo, o estadista ateniense tinha
em mente um outro tipo de organização de Estado e sociedade, contra o qual os
gregos se haviam batido 50 anos antes e que se caracterizava por uma
administração eficiente que concedia autonomia aos diferentes povos e era
marcada pela construção de grandes obras e conquistas.
PRADO, A. L. A.,Tucídides, História da Guerra do
Peloponeso,
Livro I, São Paulo, Martins Fontes (com adaptações).
O “outro tipo de organização de Estado e
sociedade” ao qual Péricles se refere era
A o mundo dos impérios
orientais, que rivalizava comercialmente com a Atenas de Péricles.
B o Império Persa, que,
apesar de possuir um vasto território, tentou, em vão, conquistar a Grécia.
C o universo dos demais
gregos, que não viviam sob uma democracia, já que esta era exclusividade de
Atenas.
D o Alto Império Romano,
que, se destacava pela supremacia militar e pelo intenso desenvolvimento
econômico.
E o mundo dos espartanos,
que, desconhecendo a escrita e a lei, eram guiados pelo autoritarismo
teocrático de seus líderes.
15.
A imagem retrata uma cena da vida cotidiana
dos escravos urbanos
no início do século XIX. Lembrando que as atividades desempenhadas por esses trabalhadores
eram diversas, os escravos de aluguel representados na pintura
A vendiam a produção da lavoura cafeeira para
os moradores das cidades.
B trabalhavam nas casas de seus senhores e
acompanhavam as donzelas na rua.
C realizavam trabalhos temporários em troca de
pagamento para os seus senhores.
D eram autônomos, sendo contratados por outros
senhores para realizarem atividades comerciais.
E aguardavam a sua própria venda após
desembarcarem no porto.
16.
Chegança
Sou Pataxó,
Sou Xavante e Carriri,
Ianomâmi, sou Tupi
Guarani, sou Carajá.
Sou Pancaruru,
Carijó, Tupinajé,
Sou Potiguar, sou Caeté,
Ful-ni-ô, Tupinambá.
Eu atraquei num porto muito seguro,
Céu azul, paz e ar puro...
Botei as pernas pro ar.
Logo sonhei que estava no paraíso,
Onde nem era preciso dormir para sonhar.
Mas de repente me acordei com a surpresa:
Uma esquadra portuguesa veio na praia
atracar.
Da grande-nau,
Um branco de barba escura,
Vestindo uma armadura me apontou pra me
pegar.
E assustado dei um pulo da rede,
Pressenti a fome, a sede,
Eu pensei: “vão me acabar”.
Levantei-me de Borduna já na mão.
Aí, senti no coração,
O Brasil vai começar.
Nóbrega , A; e Freire , W. CD Pernambuco falando para o mundo, 1998.
A letra da canção apresenta um tema
recorrente na história da colonização brasileira, as relações de poder entre
portugueses e povos nativos, e representa uma crítica à ideia presente no
chamado mito
A da democracia racial, originado das relações
cordiais estabelecidas entre portugueses e nativos no período anterior ao
início da colonização brasileira.
B da cordialidade brasileira, advinda da forma
como os povos nativos se associaram economicamente aos portugueses,
participando dos negócios coloniais açucareiros.
C do brasileiro receptivo, oriundo da
facilidade com que os nativos brasileiros aceitaram as regras impostas pelo
colonizador, o que garantiu o sucesso da colonização.
D da natural miscigenação, resultante da forma
como a metrópole
incentivou a união entre colonos, ex-escravas e nativas para acelerar o povoamento da
colônia.
E do encontro, que identifica a colonização
portuguesa como pacífica em função das relações de troca estabelecidas nos primeiros
contatos entre
portugueses e
nativos.
17.
Ó sublime pergaminho
Libertação geral
A princesa chorou ao receber
A rosa de ouro papal
Uma chuva de flores cobriu o salão
E o negro jornalista
De joelhos beijou a sua mão
Uma voz na varanda do paço ecoou:
“Meu Deus, meu Deus
Está extinta a escravidão”
MELODIA, Z.; RUSSO, N.; MADRUGADA, C. Sublime Pergaminho. Disponível em http://www. letras.terra.com.br.
Acesso em: 28 abr. 2010.
O samba-enredo de 1968 reflete e reforça
uma concepção acerca do fim da escravidão ainda viva em nossa memória, mas que não
encontra respaldo nos estudos
históricos mais recentes. Nessa concepção ultrapassada, a abolição é apresentada como
A conquista dos trabalhadores urbanos livres,
que demandavam a redução da jornada de trabalho.
B concessão do governo, que ofereceu
benefícios aos negros, sem consideração pelas lutas de escravos e
abolicionistas.
C ruptura na estrutura socioeconômica do país,
sendo responsável pela otimização da inclusão social dos libertos.
D fruto de um pacto social, uma vez que
agradaria os agentes históricos envolvidos na questão: fazendeiros, governo e
escravos.
E forma de inclusão social, uma vez que a
abolição possibilitaria a concretização de direitos civis e sociais para os
negros.
18.
A dependência regional maior ou menor da mão
de obra
escrava teve reflexos políticos importantes no encaminhamento da extinção da escravatura. Mas a possibilidade e a
habilidade de lograr uma solução alternativa – caso típico de São Paulo –
desempenharam,
ao mesmo tempo, papel relevante.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2000.
A crise do escravismo expressava a
difícil questão em torno
da substituição da mão de obra, que resultou
A na constituição de um mercado interno de mão
de obra livre, constituído pelos libertos, uma vez que a maioria dos imigrantes
se rebelou contra a superexploração do trabalho.
B no confronto entre a aristocracia
tradicional, que defendia a escravidão e os privilégios políticos, e os
cafeicultores, que lutavam pela modernização econômica com a adoção do trabalho
livre.
C no “branqueamento” da população, para
afastar o predomínio das raças consideradas inferiores e concretizar a ideia do
Brasil como modelo de civilização dos trópicos.
D no tráfico interprovincial dos escravos
das áreas decadentes
do Nordeste para o Vale do Paraíba, para a garantia da rentabilidade do café.
E na adoção de formas disfarçadas de trabalho compulsório
com emprego dos libertos nos cafezais paulistas, uma vez que os imigrantes
foram trabalhar em outras regiões do país.
19.
Dali avistamos homens que andavam pela
praia, obra de sete ou oito. Eram pardos, todos nus. Nas mãos traziam arcos com
suas setas. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso
têm tanta
inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles
seus ossos
brancos e verdadeiros. Os cabelos seus são corredios.
CAMINHA, P. V. Carta. RIBEIRO, D. et al. Viagem pela história do Brasil: documentos. São
Paulo: Companhia das Letras, 1997 (adaptado).
O texto é parte da famosa Carta de Pero
Vaz de Caminha, documento
fundamental para a formação da identidade brasileira. Tratando da relação que, desde esse primeiro contato, se estabeleceu
entre portugueses e indígenas, esse
trecho da carta revela a
A preocupação em garantir a integridade do
colonizador diante da resistência dos índios à ocupação da terra.
B postura etnocêntrica do europeu diante das
características físicas e práticas culturais do indígena.
C orientação da política da Coroa Portuguesa
quanto à utilização dos nativos como mão de obra para colonizar a nova terra.
D oposição de interesses entre portugueses e
índios, que
dificultava o trabalho catequético e exigia amplos recursos para a defesa da
posse da nova terra.
E abundância da terra descoberta, o que
possibilitou a sua incorporação aos interesses mercantis portugueses, por meio da exploração
econômica dos
índios.
20.
Para o Paraguai, portanto, essa foi uma
guerra pela sobrevivência. De todo modo, uma guerra contra dois gigantes estava
fadada a ser um teste debilitante e severo para uma economia de base tão
estreita. Lopez precisava de uma vitória rápida e, se não conseguisse vencer
rapidamente, provavelmente não venceria nunca.
LYNCH, J. As Repúblicas do Prata: da
Independência à Guerra do Paraguai. BETHELL, Leslie (Org). História da América Latina: da Independência até 1870, v. III. São
Paulo: Edusp , 2004.
A Guerra do Paraguai teve consequências
políticas importantes para o Brasil, pois
A representou a afirmação do Exército
Brasileiro como um
ator político de primeira ordem.
B confirmou a conquista da hegemonia
brasileira sobre a Bacia Platina.
C concretizou a emancipação dos escravos
negros.
D incentivou a adoção de um regime
constitucional monárquico.
E solucionou a crise financeira, em razão
das indenizações
recebidas.
21.
A solução militar da crise política gerada
pela sucessão do
presidente Washington Luis em 1929-1930 provoca profunda ruptura institucional no país.
Deposto o presidente, o Governo Provisório (1930-1934) precisa administrar as diferenças entre as
correntes políticas integrantes da composição vitoriosa, herdeira da Aliança
Liberal.
LEMOS, R. A revolução constitucionalista de
1932. SILVA, R. M.; CACHAPUZ, P. B.; LAMARÃO, S. (Org). Getúlio Vargas e seu tempo. Rio de Janeiro: BNDES.
No contexto histórico da crise da Primeira
República, verifica-se
uma divisão no movimento tenentista. A atuação dos integrantes do movimento liderados por
Juarez
Távora, os chamados “liberais” nos anos 1930, deve ser entendida como
A a aliança com os cafeicultores paulistas em
defesa de novas eleições.
B o retorno aos quartéis diante da desilusão
política com
a “Revolução de 30”.
C o compromisso político-institucional com o
governo provisório de Vargas.
D a adesão ao socialismo, reforçada pelo
exemplo do ex-tenente Luís Carlos Prestes.
E o apoio ao governo provisório em defesa da
descentralização do poder político.
22.
O mestre-sala dos mares
Há
muito tempo nas águas da Guanabara
O
dragão do mar reapareceu
Na
figura de um bravo marinheiro
A quem
a história não esqueceu
Conhecido
como o almirante negro
Tinha a
dignidade de um mestre-sala
E ao
navegar pelo mar com seu bloco de fragatas
Foi
saudado no porto pelas mocinhas francesas
Jovens
polacas e por batalhões de mulatas
Rubras
cascatas jorravam nas costas
dos
negros pelas pontas das chibatas...
BLANC,
A.; BOSCO, J. O mestre-sala dos mares. Disponível em: www.usinadeletras.com.br. Acesso em:
19 jan. 2009.
Na
história brasileira, a chamada Revolta da Chibata, liderada por João Cândido, e
descrita na música, foi
A
a rebelião de escravos contra os castigos físicos,
ocorrida na Bahia, em 1848, e repetida no Rio de Janeiro.
B
a revolta, no porto de Salvador, em 1860, de marinheiros dos navios que faziam o tráfico negreiro.
C
o protesto, ocorrido no Exército, em 1865, contra
o castigo de chibatadas em soldados desertores na Guerra do Paraguai.
D
a rebelião dos marinheiros, negros e mulatos, em
1910, contra os castigos e as condições de trabalho na Marinha de Guerra.
E
o protesto popular contra o aumento do custo de
vida no Rio de Janeiro, em 1917, dissolvido, a chibatadas, pela polícia.
23.
Os cercamentos do século XVIII podem ser
considerados como
sínteses das transformações que levaram à consolidação do capitalismo na Inglaterra. Em primeiro lugar, porque ua
especialização exigiu uma articulação fundamental com o mercado. Como se concentravam na atividade de produção de
lã, a realização da renda dependeu dos mercados, de novas tecnologias de beneficiamento do produto
e do emprego de novos tipos de ovelhas. Em segundo lugar, concentrou-se na inter-relação do campo com a cidade e,
num primeiro momento, também se
vinculou à liberação de mão de obra.
RODRIGUES, A. E. M. Revoluções burguesas. In: REIS FILHO, D. A. et al
(Orgs.) O Século XX, v. I. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2000 (adaptado).
Outra consequência dos cercamentos que teria
contribuído para a Revolução Industrial na Inglaterra foi o
A aumento do consumo interno.
B congelamento do salário mínimo.
C fortalecimento dos sindicatos proletários.
D enfraquecimento da burguesia industrial.
E desmembramento das propriedades
improdutivas.
24.
Os generais abaixo-assinados, de pleno acordo com o ministro da Guerra,
declaram-se dispostos a promover uma ação enérgica junto ao governo no sentido de contrapor medidas decisivas
aos planos comunistas e
seus pregadores e adeptos, independentemente da esfera social a que pertençam. Assim procedem no exclusivo propósito
de salvarem o Brasil e suas instituições políticas e sociais da hecatombe que se mostra prestes a explodir.
Ata de reunião no Ministério da Guerra,
28/09/1937. BONAVIDES, P.; Amaral, R. Textos políticos da história do
Brasil, v. 5. Brasília: Senado
Federal, 2002 (adaptado).
Levando em conta o contexto político-institucional dos
anos 1930 no Brasil, pode-se considerar o texto como uma tentativa de
justificar a ação militar que iria
A debelar a chamada Intentona Comunista,
acabando com a possibilidade da tomada do poder pelo PCB.
B reprimir a Aliança Nacional Libertadora,
fechando todos os seus núcleos e prendendo os seus líderes.
C desafiar a Ação Integralista Brasileira,
afastando o perigo
de uma guinada autoritária para o fascismo.
D instituir a ditadura do Estado Novo,
cancelando as eleições
de 1938 e reescrevendo a Constituição do país.
E combater a Revolução Constitucionalista,
evitando que os fazendeiros paulistas retomassem o poder perdido em 1930.
25.
Eu não tenho hoje em dia muito orgulho do
Tropicalismo. Foi
sem dúvida um modo de arrombar a festa, mas arrombar a festa no Brasil é fácil. O Brasil é uma
pequena sociedade colonial, muito mesquinha, muito fraca.
VELOSO, C. In: HOLLANDA, H. B.;
GONÇALVES, M. A. Cultura e participação nos anos 60. São Paulo: Brasiliense, 1995 (adaptado).
O movimento tropicalista, consagrador de
diversos músicos brasileiros, está relacionado historicamente
A à expansão de novas tecnologias de informação, entre
as quais, a Internet, o que facilitou imensamente a sua divulgação mundo afora.
B ao advento da indústria cultural em
associação com um conjunto de reivindicações estéticas e políticas durante os
anos 1960.
C à parceria com a Jovem Guarda, também
considerada um movimento nacionalista e de crítica política ao regime militar
brasileiro.
D ao crescimento do movimento estudantil nos
anos 1970, do qual os tropicalistas foram aliados na crítica ao tradicionalismo
dos costumes da sociedade brasileira.
E à identificação estética com a Bossa Nova,
pois ambos os
movimentos tinham raízes na incorporação de ritmos norte-americanos, como o blues.
26.
A América se tornara a maior força
política e financeira do mundo capitalista. Havia se transformado de país devedor em país que
emprestava dinheiro. Era agora uma
nação credora.
HUBERMAN, L. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1962.
Em 1948, os EUA lançavam o Plano Marshall,
que consistiu no empréstimo de 17 bilhões de dólares para que os países
europeus reconstruíssem suas economias.
Um dos resultados desse plano, para os EUA,
foi
A o aumento dos investimentos europeus em
indústrias sediadas nos EUA.
B a redução da demanda dos países europeus por
produtos e insumos agrícolas.
C o crescimento da compra de máquinas e
veículos estadunidenses pelos europeus.
D o declínio dos empréstimos estadunidenses
aos países da América Latina e da Ásia.
E a criação de organismos que visavam
regulamentar todas as operações de crédito.
27.
Ato Institucional nº 5 de 13 de dezembro de 1968
Art. 10 – Fica suspensa a garantia de habeas corpus, nos casos de crimes políticos, contra a
segurança nacional, a ordem econômica e social e a economia popular.
Art. 11 – Excluem-se de qualquer apreciação judicial todos os atos praticados de acordo
com este Ato Institucional e seus Atos Complementares, bem como os respectivos efeitos
Disponível em: http://www.senado.gov.br.
Acesso em: 29 jul. 2010.
O Ato Institucional nº 5 é considerado por
muitos autores um “golpe dentro do golpe”. Nos artigos do
AI-5 selecionados, o governo militar
procurou limitar a atuação do Poder Judiciário, porque isso significava
A a substituição da Constituição de 1967.
B o início do processo de distensão política.
C a garantia legal para o autoritarismo dos
juízes.
D a ampliação dos poderes nas mãos do
Executivo.
E a revogação dos instrumentos jurídicos
implantados durante o golpe de 1964.
A charge remete ao contexto do movimento
que ficou conhecido
como Diretas Já, ocorrido entre os anos de 1983 e 1984. O elemento histórico evidenciado
na imagem é
A a insistência dos grupos políticos de
esquerda em realizar atos políticos ilegais e com poucas chances de serem
vitoriosos.
B a mobilização em torno da luta pela
democracia frente ao regime militar, cada vez mais desacreditado.
C o diálogo dos movimentos sociais e dos
partidos políticos,
então existentes, com os setores do governo interessados em negociar a abertura.
D a insatisfação popular diante da atuação dos
partidos políticos de oposição ao regime militar criados no início dos anos 80.
E a capacidade do regime militar em impedir
que as manifestações políticas acontecessem.
gabarito
1 – B
2 – E
3 – B
4 – E
5 – A
6 – B
7 – D
8 – C
9 – B
10 – D
11 – E
12 – D
13 – A
14 – B
15 – C
16 – E
17 – B
18 – B
19 – B
20 – A
21 – C
22 – D
23 – A
24 – D
25 – B
26 – C
27 – D
28 – B
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